Live: a luta antimanicomial na visão do usuário do sistema

30/09/2020 17:52

O mês de setembro foi instituído como o mês da prevenção ao suicídio e valorização da vida, pensando nisso traremos nessa quarta-feira, 30/09, o debate: A Luta Antimanicomial na Visão do Usuário do Sistema, com a Carla de Oliveira.

Mas a princípio, o que o setembro amarelo e a luta antimanicomial tem de semelhante?

Como citamos anteriormente, setembro amarelo é construído pensando na valorização da vida, e a luta antimanicomial também, pois almeja condições humanizadas de lidar com a loucura e seus transtornos mentais. É sabido que a internação em manicômios e o isolamento de indivíduos, que até então eram “inválidos” para uma sociedade capitalista, só fazem piorar a condição do usuário.

A luta antimanicomial é muito mais do que um movimento somente da área da saúde, pois engloba também diversas questões sociais, visando o tratamento humanizado aos pacientes e a ressocialização dos mesmos, para que assim possam ser inseridos na sociedade de forma equitativa e com respeito às suas particularidades. É fundamental para o exercício da enfermagem que participemos do processo desmistificação da loucura, entendendo sua origem e quais influências da sociedade colaboram para o conceito que temos hoje.

Esperamos todos na live espetacular de quarta-feira, já marca na agenda pra não perder!
Para mais informações acesse: https://www.instagram.com/calenf.ufsc/

#ProjetoConversaFranca

Quer saber mais sobre cuidados tradicionais na saúde indígena?

23/09/2020 12:36

Vocês já pensaram sobre como a diversidade cultural pode afetar na saúde das pessoas? E não só isso, implica também no cuidado necessário com cada ser humano, peculiaridades que devem ser levadas em consideração, necessidades e demandas que devem ser atendidas pelos profissionais. Mas até onde vai o nosso saber perante esse assunto? Será que realmente temos interesse em abranger esses conhecimentos? Na nossa última Live do Projeto Conversa Franca, tratamos sobre os cuidados tradicionais indígenas, na qual o nosso palestrante, Alceu Karipuna, dissertou sobre as diversidades da cultura indígena na saúde e no viver. A população indígena é muito negligenciada pelo governo e pela sociedade no geral, mesmo sendo os responsáveis por inúmeros tratamentos que temos atualmente, sendo a origem de grande parte do cuidado que aplicamos hoje, então por que nos interessamos tão pouco com as necessidades desse povo e com o racismo que sofrem cotidianamente?

Pensando nisso, o CALEnf compilou diversas cartilhas informativas que abordam o atendimento à população indígena, visando maior interação da área da saúde com essas comunidades que foram e ainda são fundamentais para o cuidado de enfermagem.

Monitoramento da saúde indígena na pandemia (Cartilha da FUNAI)

Saúde mental e atenção psicossocial na pandemia: povos indígenas no contexto da Covid-19 (Cartilha da FIOCRUZ

Observatório indígena: Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASP)

Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) / Organização Mundial da Saúde (OMS): saúde indígena

#PROJETOCONVERSAFRANCA

Povos indígenas: o protagonismo dos cuidados tradicionais na saúde indígena

17/09/2020 13:36

Que tal iniciarmos o mês de setembro falando sobre saúde indígena? Quem conversará conosco é o médico Alceu, da comunidade Karipuna, mestre em sustentabilidade pela Universidade de Brasília (UnB) e doutorando em Saúde Global pela Universidade de São Paulo (USP).

Não vai perder essa né? Já marca na agenda! Para conferir o post completo clique aqui.

#ProjetoConversaFranca

7 enfermeiras negras negligenciadas pela história que você precisa conhecer

31/08/2020 21:03

1. MARY JANE SEACOLE (1805 – 1881)

Mary foi uma enfermeira jamaicana que teve destaque pelo trabalho prestado na Guerra da Criméia.
Em 1854, inscreveu-se para participar da equipe de enfermagem liderada por Florence Nightingale, mas apesar de possuir ótimas recomendações, Mary Jane não foi aceita. Apesar da recusa, arrecadou fundos e criou o British Hotel, onde vendia comida e bebida aos soldados para custear o tratamento dos doentes e feridos, ficando conhecida como Mãe Seacole.
Mary foi esquecida no Memorial da Guerra da Criméia e permaneceu no anonimato por muitos anos até sua autobiografia ser redescoberta. Hoje, a Associação Jamaicana de Enfermagem carrega seu nome como homenagem.

2. IZABEL DOS SANTOS (1927 – 2010)

Izabel foi uma enfermeira mineira que teve sua atuação voltada à saúde coletiva e qualificação do trabalho da enfermagem no Brasil.
Por volta de 1980, diante do cenário de até 150.000 trabalhadores de enfermagem sem formação oficial, decidiu iniciar um projeto de profissionalização dos atendentes. Indo contra o cenário educacional conservador da época, Izabel propôs um método de aprendizagem interativo, mesclando teoria e prática de uma forma acessível à realidade dos trabalhadores.
No ano de 2000, após 20 anos de trabalho, surgiu o Profae (Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem). Izabel mesmo aposentada, seguiu como consultora do Ministério da Saúde.

3. MARIA SOLDADO (1895 – 1958)

Nascida na cidade de Limeira (SP), Maria José foi uma enfermeira informal conhecida por sua atuação na Revolução Constitucionalista de 1932. O contexto atual da época propagava o ideal de eugenia, marcado por forte discriminação racial. Maria trabalhava como cozinheira para uma família na época em que eclodiu a Revolução e largou seu trabalho para juntar-se à Legião Negra nas trincheiras de batalha, primeiramente como enfermeira, mas após também como combatente contra as forças federais que defendiam a ditadura.
No ano de 1957, em decorrência do jubileu de prata do movimento constitucionalista, Maria Soldado foi escolhida como “mulher símbolo de 32”.

4. MARY ELIZA MAHONEY (1845 – 1926)

Mary foi a primeira enfermeira negra americana graduada pela American School of Nursing, exercendo o cuidado de enfermagem de forma profissional e regulamentada. Em 1896, colaborou como um dos membros originais da NAAUSC (que posteriormente tornou-se a American Nurses Association). Observando que a associação era composta majoritariamente por brancos, co-fundou a National Association of Colored Graduate Nurses (NACGN), visando reduzir a discriminação racial no meio de trabalho.
Aposentada, Mahoney foi uma forte apoiadora dos direitos civis e lutou pelo sufrágio feminino nos EUA, tornando-se uma das primeiras mulheres a registrar-se para votar em Boston.

5. ROSALDA PAIM (1928 – 2015)

Rosalda marcou a história como enfermeira, pedagoga, pesquisadora e deputada estadual, sendo a primeira enfermeira parlamentar do Brasil. Como teórica e pesquisadora, abordou a sistematização da assistência de enfermagem e a interdisciplinaridade no atendimento ao paciente, criando a Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem. Rosalda sempre manteve-se ativa no meio político, criou mais de 20 projetos de lei voltados para inclusão social e democratização da saúde pública, sempre dando foco para a população mais vulnerável. Presidiu a Comissão de Saúde e de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

6. MÃE STELA DE OXÓSSI (1925 – 2018)

Nascida na cidade de Salvador (BA), Mãe Stella foi uma enfermeira especializada em saúde pública e ialorixá no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. Desde que assumiu o terreiro em 1976, travou uma batalha diplomática contra o sincretismo publicando livros, escrevendo artigos e realizando campanhas para esclarecimento que santos e orixás não são a mesma coisa. No ano de 1981, para preservar a história de sua religião, fundou o Museu Ilê Ohum Lailai, no terreiro Axé Opô Afonjá, tornando-se o primeiro museu aberto em uma casa de candomblé. Mãe Stella foi a primeira mulher negra e ialorixá a se tornar imortal pela Academia de Letras da Bahia, ocupando a cadeira de número 33.

7. DONA IVONE LARA (1922 – 2018)

Yvonne Lara da Costa foi uma enfermeira que teve destaque pela atuação na área de saúde mental e também uma artista, cantora e compositora. Em uma época onde os pacientes psiquiátricos eram institucionalizados e abandonados, especializou-se em terapia ocupacional com a médica Nise da Silveira, onde desempenhou papel fundamental na reforma psiquiátrica no Brasil. Atuando no Instituto de Psiquiatria do Engenho de Dentro, Dona Ivone Lara introduziu o cuidado humanizado que visava a integração do paciente, família e funcionários através da música e socialização. Em 2015, entrou para a lista das “10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio”.

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Live “O Protagonismo das Enfermeiras Negras: A História Omitida”

25/08/2020 10:36

No dia 19 de agosto, as 19h00, realizaremos uma Live com o seguinte tema: O Protagonismo das Enfermeiras Negras: A História Omitida. Contaremos com a presença da Yolanda Frutuoso, social media e produtora de conteúdo. Com o objeto de descolonizar a história que nos foi contada, ela criou um canal no YouTube chamado Afrobetizando, onde fala sobre a cultura e personalidades negras, como por exemplo, Teresa de Benguela, Carolina de Jesus, Abdias Nascimento, a origem do Tango, o Jazz, a Kwanzaa, entre outros temas.

Marca aí na agenda e vem curtir essa live com a gente!

Essa live faz parte do #ProjetoConversaFranca, fique ligado para saber mais.

Live: Saúde mental no Isolamento Social

10/08/2020 16:15

Nesta sexta-feira, 24/07, teremos live com a Psiquiatra Dra Luiza B. A. Bertolino.

Drª Luiza é graduada em medicina pela Universidade de Uberaba, fez residência em psiquiatria pela SES/SC, mestrado em Ciências de Saúde pela Unisul e especialização em dependência química pela UNIAD/Unifesp. Trabalhou como professora de psiquiatria do curso de medicina da Unisul. É membro da ACP/ABP e ABEAD. Atualmente trabalha na Secretaria municipal de saúde de Florianópolis e em consultório particular.

Anota aí na agenda e vem com a gente!

Resumo das Decisões do Cun

22/07/2020 13:48

O Conselho Universitário da UFSC se reuniu no dia 17, 20 e 21 de julho, aprovando o Calendário Suplementar Excepcional, bem como o redimensionamento das atividades acadêmicas. Após 3 dias de sessão, definido a volta as aulas para o dia 31 de agosto.

1º DIA (17/07)

• Autorizado atividades pedagógicas não presenciais por Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem Moodle, síncronas (com alunos e professor ao mesmo tempo no ambiente virtual) e assíncronas, utilizando tecnologias de informação e comunicação, a critério dos docentes e dos colegiados dos departamentos e dos cursos;
• Permanece sem data para o retorno das atividades acadêmicas presenciais;
• Rejeitado pelo Conselho a sugestão que não houvesse aferição de frequência durante a vigência do Calendário Suplementar excepcional;
• As aulas serão ministradas no mesmo horário previsto no plano de ensino “normal”, proibindo as aulas fora do horário da grade, exceto se houver anuência de todos os alunos matriculados na disciplina.
• As avaliações permanecerão sem alteração, subentende-se que ficará a critério do docente;
• Não é obrigatório a gravação e disponibilização posteriormente das aulas síncronas;
• Demais softwares, plataformas entre outras tecnologias que serão utilizadas ainda estão sendo estabelecidas;
• Por meio da Secretaria de Ações Afirmativas (SAAD) será garantido o auxílio educacional para alunos com deficiências, em tempo adequado para que se tenha o devido acompanhamento;
• O Calendário Suplementar Excepcional entende-se como o período de atividades em regime de excepcionalidade enquanto durar a suspensão do calendário regular;
• As disciplinas seguirão com a mesma carga horária que possuía anteriormente;
• Garantido a acessibilidade tecnológica e suporte educacional, da mesma forma que garante a permanência estudantil, com atenção extra para estudantes do campo, indígenas e quilombolas.

2º DIA (20/07)

• O calendário suplementar excepcional irá contar com uma fase de ajuste de matricula, podendo trancar ou cancelar disciplinas, não sendo computado para o prazo máximo de integralização curricular (14 semestres para Enf);
• Os estudantes que não tiverem interesse em participar do ensino remoto, poderão se matricular na disciplina GRA0001 para manter sua matricula na UFSC;
• Será permitido a matricula em disciplinas que ocorram em mesmo horário, desde que o professor aprove e não extrapole a carga horaria máxima;
• Os estudantes aprovados nos processos seletivos para a graduação e pós-graduação serão chamados para a realização da matricula;
• O calendário ficará a critério dos colegiados de departamentos e curso, estabelecer quais disciplinas e como serão ofertadas no curso;
• As disciplinas obrigatórias canceladas deverão ser ofertadas no período letivo subsequente ou condensadas no recesso letivo;
• Alunos formandos que dependem apenas de uma disciplina obrigatória para concluir o curso, deverão requerer junto a coordenação do curso;
• Os departamentos poderão aumentar a oferta de turmas e vagas;
• Os planos de ensino deverão ser redimensionados e aprovados novamente nos departamentos e colegiados de curso;
• As bibliografias utilizadas deverão ser pensadas utilizando o acervo digital da biblioteca universitária, todo material utilizado durante as aulas, como slides, vídeos referencias entre outros deverão ser disponibilizados posteriormente;

3º DIA (21/07)

• Deverão ser redefinidos o cronograma, a metodologia, a forma de avaliação e de registro de frequência;
• Em razão da pandemia a menção “P” será justificada pela justificada e válida para qualquer disciplina;
• Alunos que não puderam cursar a disciplina em 2020.1 terão prioridade na matricula;
• A coordenadoria de TCC deverá organizar o protocolo de organização das defesas não presenciais, a ata de defesa deverá ser assinada digitalmente pelo presidente da banca, pelo estudante e pelos membros internos da UFSC;
• As disciplinas teórico-práticas e práticas deverão ser ofertadas de acordo com a disponibilização de EPIs, carga horaria da disciplina e disponibilidade de área de campo;
• Os estudantes não poderão ser prejudicados nos editais de bolsas e auxílios em função da carga horaria mínima.

CALENDÁRIO SUPLEMENTAR EXCEPCIONAL

Etapa 1: 5 semanas a partir da aprovação; Implementação de políticas de garantia de acesso; Início do período de cancelamento de disciplina e trancamento de curso,

Etapa 2: 16 semanas a partir da aprovação; Início das atividades pedagógicas referentes ao período 2020.1; Abertura de período de ajuste excepcional (5 dias); Semana 16: período de recuperação, encerramento do semestre; Semana 17: início do recesso acadêmico;

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Educação a Distância e Ensino Remoto Emergencial: Qual a Diferença?

25/06/2020 13:56

1. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD)

A educação, ou ensino, a distância é uma modalidade prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9.394 /1996), que consiste em utilizar uma plataforma online onde serão disponibilizados materiais didáticos padronizados, além de tutoria para esclarecer as dúvidas dos estudantes. Nesta modalidade, há uma flexibilidade em realizar as atividades, uma vez que não é preciso que discentes e docentes se conectem ao mesmo tempo.

Para implantar o EaD numa Instituição de Ensino Superior é imprescindível cumprir diversas exigências, pois é necessário que o curso seja reconhecido pelo MEC. Também é importante lembrar que as entidades representativas da enfermagem são historicamente contra a formação de profissionais da saúde por EaD.

2. ENSINO REMOTO EMERGENCIAL (ERE)

O ensino remoto surge como uma medida emergencial para continuação da educação em meio a pandemia do novo Coronavírus.

O ensino remoto também conta com a utilização de uma plataforma online, utilizando materiais customizados e adequados ao ambiente virtual de aprendizagem, porém todas as aulas e demais atividades são oferecidas em tempo real com o mesmo professor da disciplina presencial, ou seja, é necessário que o estudante esteja conectado ao mesmo tempo que o docente.

3. EAD ≠ ENSINO REMOTO

Portanto, Educação a Distância e Ensino Remoto Emergencial não são iguais. Ambos tem pontos específicos e fragilidades.

O ensino remoto é uma medida temporária para continuação das atividades pedagógicas, não se trata de uma modalidade de ensino, pois é uma situação emergencial. Em tempo que o EaD é uma modalidade prevista em lei e que necessita de um planejamento e padronização de atividades e materiais para todas as disciplinas.

A principal diferença está na sincronia das aulas, uma vez que o EaD possui mais flexibilidade para tal, o ensino remoto é necessário que o estudante esteja a postos no horário da aula.

Resumindo…

Quando falamos de formação por meio exclusivo de Técnologias de Informação e Comunicação (TICS), vários questionamentos tem que ser pautados.

O parágrafo I, do Art 3º das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, prevê igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Para além do acesso a computadores e internet, tem também a condição social, física e psicológica dos estudantes, ambiente favorável de estudos, entre outros (vide no post anterior sobre EaD).

E o principal questionamento, como formar futuros profissionais da saúde por meio eletrônico sendo que a base da profissão são as relações interpessoais, o olhar crítico-reflexivo e o desenvolvimento de habilidades complexas?

Para acessar o post completo, clique aqui.

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